A Princess Cruises, considerada uma das mais importantes armadoras de cruzeiros do mundo, está disposta a retomar as vendas no mercado brasileiro. Para demonstrar seu empenho, enviou Trey Hickey, Vice-Presidente Senior de Marketing e Vendas, para fazer pessoalmente o anúncio ao mercado brasileiro.
Não é a primeira vez que Hickey vem ao Brasil. Há cerca de 10 anos ele costumava passar temporadas de três meses no Rio de Janeiro à frente dos negócios da companhia no País, que segundo ele, iam muito bem naquela época. De lá para cá, o cenário mudou muito. A partir de 2012, o País foi muito impactado pelos acontecimentos políticos e econômicos negativos e o foco da companhia se voltou para a Ásia, região para onde ele também se mudou. Morou na China, no Japão e em Singapura focado em desenvolvimento de negócios. Com a saturação daquele mercado, ele voltou aos Estados Unidos e agora se prepara para reconectar a América Latina aos negócios da Princess Cruises. “Estou focado em colocar este mercado onde ele deveria estar”, disse.
Paralelamente, o turismo de lazer tornou uma tendência global de negócios que promete permanecer no longo prazo. Segundo Hickey, isso garante que independentemente da política e da economia dos países, o cenário é de oportunidades e crescimento na região. E é por isso que a meta da empresas é conquistar 100 mil passageiros, do Brasil e demais países da América Latina, para seus 17 atuais navios que circulam por cerca de 300 destinos no mundo, até 2025. Neste prazo, cinco novas embarcações devem complementar a frota. Hoje, a Princess Cruises atende a cerca de dois milhões de passageiros por ano, com pouquíssima participação de brasileiros.
“Os brasileiros que experimentam cruzeiros no Brasil não tendem a repetir a experiência em suas viagens internacionais. Queremos proporcionar a oportunidade da região conhecer novas marcas e produtos para conhecerem novas experiências”, explicou Hickey. Atualmente, os navios da Princess Cruises em roteiros pela America do Sul, no Brasil só passam pelo Rio de Janeiro. Não há previsão de mudanças.
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Enquanto em mercados desenvolvidos a média da população que viaja em cruzeiros é de 2,5%, no Brasil este número, segundo Hickey, está muito abaixo de 1%. O executivo atribui este cenário à baixa representatividade de toda indústria na região. “Olhando somente para dentro da Carnival Corporation, a única marca que efetivamente trabalhamos na América Latina é a Costa Cruzeiros. Não é só um fenômeno local. Isso acontece inclusive em grandes mercados como a Colômbia e o México”, analisou. Para ele, a região como um todo poderia estar fazendo cinco vezes mais negócios.
O que vem por aí
A viagem de Trey Hickey ao Brasil tem como objetivo iniciar a divulgação dessa mensagem de negócios no País. Ele esteve aqui por apenas dois dias, mas é um marco do início dos trabalhos. Entre as ações para o desenvolvimento do mercado está a reestruturação da representação de vendas que está com a Discover Cruise, do Rio de Janeiro. Ele falou de um novo modelo de distribuição, mas não entrou em detalhes. De acordo com Pablo Zabala, diretor da operação, no segundo semestre deve haver um roadshow para apresentação dos produtos da Pricess Cruises ao mercado.
Nos próximos seis anos, cinco navios serão lançados. “A indústria como um todo crescerá muito nos próximos 10 anos. Hoje são cerca de 200 navios e há outros 100 planejados neste próximo período, o que representa um aumento de 33% do mercado”.
Hickey explica que esse crescimento deverá ocorrer prioritariamente no Oceano Atlântico, muito mais que no Pacífico, em razão da infraestrutura e porque é onde estão as maiores demandas. Os novos navios vêm com capacidades bem acima da media e é no Atlântico que haverá capacidade para recebê-los. “E a America Latina deve se beneficiar com isso. É a primeira vez que temos consciência do quanto a oportunidade é grande”, avaliou.
Desafio da Princess Cruises
Para Hickey, o interessante é que a maneira de fazer negócios de cruzeiros na América Latina não mudou muito nos últimos 15 a 20 anos. “O jeito das empresas interagirem no mercado não mudou muito. O que ele mudou foi ser mais digital e ser mais B2C do que antes”, avalia.
Hickey falou do lançamento de um site de vendas em português, previsto para 2020 e um trabalho de engajamento, tanto do mercado quanto dos passageiros, com os produtos da companhia.
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Carnival Corporation
A Princess Cruise, desde 2003 é uma das empresas da Carnival Corporation & PLC, dona também da Costa Cruzeiros, que já opera no Brasil. É a maior empresa de viagens de lazer do mundo e detém marcas globais de cruzeiros como a Carnival Cruise Line, a Holland America Line, a Princess Cruises e a Seabourn na América do Norte; P & O Cruises e Cunard no Reino Unido, Inglaterra; AIDA Cruises na Alemanha; Costa Cruzeiros na Itália; P & O Cruises na Austrália, além disso de uma empresa de turismo que complementa suas operações de cruzeiro: a Holland America Princess Alaska Tours, que opera no Alasca e no Yukon.
Juntas, essas marcas formam a maior empresa de cruzeiros do mundo, com uma frota de 102 navios que visitam mais de 700 portos em todo o mundo. Um total de 19 novos navios estão programados para serem entregues à Carnival Corporation entre 2017 e 2022.
A Carnival Corporation emprega mais de 120.000 pessoas em todo o mundo e as suas 10 marcas de cruzeiros atraem quase 11,5 milhões de visitantes anualmente, o que representa cerca de 50% do mercado global de cruzeiros. Combinando mais de 225.000 passageiros diários e 100.000 funcionários a bordo, mais de 325.000 pessoas navegam a bordo da frota da Carnival Corporation todos os dias, totalizando cerca de 85 milhões de passageiros por dia.
Em 2016, a receita da Carnival Corporation totalizou US $ 16,4 bilhões (dólares americanos), o que coloca a empresa entre as 200 primeiras na lista da Fortune 500. Com sede em nos Estados Unidos e na Inglaterra, as ações da Carnival Corporation são duplamente listadas na Bolsa de Nova York e na Bolsa de Valores de Londres.
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