Manoel Linhares: “Precisamos de slogans certeiros e não perder o foco”

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No último dia 16, o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) lançou sua nova marca “Brazil – Visit and Love Us”, que visa, promover o País como destino para o mercado internacional. A novidade vem gerando reações positivas e negativas, como foi o caso do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur), que desaprovou o novo slogan e apontou algumas críticas sobre a mensagem.

Para Manoel Linhares, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), o fato de ela ser criada pelos técnicos do instituto e de não ter gerado custo para os cofres públicos não surpreendem, já que “o governo Bolsonaro foi eleito sob uma plataforma de austeridade e a ação de acionar os profissional do governo teve seus objetivos, como gerar menos despesas”.


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“Polêmicas à parte, sem dúvida, é fundamental ter uma boa marca e slogans certeiros que atraiam a atenção dos turistas para nosso país. Mas o setor de turismo precisa muito mais do que isso. É urgente que se cumpram os quesitos necessários para atrair mais visitantes para o Brasil”, afirma o profissional em artigo enviado ao Brasilturis Jornal.

Confira na íntegra a sua opinião:

O que precisamos é não perder o foco

A Embratur lançou a nova marca Brasil que irá ilustrar as campanhas de divulgação do país como destino turístico pelo mundo, inspirada na bandeira nacional e com o slogan: visite e nos ame. Após sua apresentação, uma onda de polêmicas e debates ofuscou o fato principal, que temos a obrigação de destacar: ela foi criada pelos técnicos do instituto e que não gerou nenhum custo para os cofres públicos.

A iniciativa não deveria surpreender, já que o governo Bolsonaro foi eleito sob uma plataforma de austeridade e a ação de acionar os profissionais do governo para realizar o trabalho de criação da marca Brasil teve, entre seus objetivos principais, gerar menos despesas para a Embratur – verba que pode ser realocada em outras áreas de apoio ao turismo – e está em consonância com a agenda que vem sendo implementada pelo atual presidente cujo principal foco tem sido controlar as despesas do governo.

Polêmicas à parte, sem dúvida, é fundamental ter uma boa marca e slogans certeiros que atraiam a atenção dos turistas para nosso país. Mas o setor de turismo precisa muito mais do que isso. É urgente que se cumpram os quesitos necessários para atrair mais visitantes para o Brasil e que sejam resolvidos os gargalos – que diversas lideranças do setor de turismo e hotelaria já apontaram – que impendem a expansão de seus índices como deveria ser num país como o nosso, cheio de potencial, com enorme diversidade de atrações turísticas.

O que de fato presenciamos nesses quase sete meses de governo foi a consolidação de pleitos de décadas, como a abertura do capital aéreo, a liberação de vistos para americanos, japoneses, australianos e canadenses e a primeira reunião de um presidente da República com as entidades do trade de turismo, o que evidencia o comprometimento federal com o setor.

Não é hora para dissidências. Estamos quase entrando nos eixos e precisamos concentrar nossas forças no que realmente interessa para a indústria nacional do turismo: a desburocratização, a redução da carga tributária, a atualização da Lei Geral do Turismo, a regulamentação das plataformas on-line de vendas de hospedagem em residências, a suspensão da cobrança do Ecad nos apartamentos de hotéis e meios de hospedagem, a regulamentação dos cassinos, a liberação de vistos para a China e para Índia e, principalmente, a consolidação da infraestrutura e dos serviços necessários para de fato tornar o Brasil um destino único e desejável, não só para os turistas internacionais mas, principalmente, para o cidadão brasileiro.

Manoel Linhares – presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional


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