A indústria de viagens expandirá a tecnologia de biometria para acelerar a identificação de viajantes, procurando substituir tíquetes de papel e documentos de segurança por dados biométricos num esforço para facilitar o a vida do passageiro. A Organização da Aviação Civil Internacional, órgão da ONU, tem se reunido com frequência para discutir formas de superar o gap entre documentos de viagem físicos e digitais. Atualmente, pelo menos 53 sistemas biométricos são usados pela indústria para tudo, desde o embarque de companhias aéreas até o check-in no hotel.
Os portões de embarque da British Airways em Nova Iorque, Los Angeles, Londres e Orlando, por exemplo, usam reconhecimento facial, deixando mais de 250 mil clientes deslumbrados com a tecnologia do embarque. A “Clear”, uma empresa de segurança privada, baseada em Nova Iorque, usa varreduras de íris e impressões digitais para os passageiros na verificação de segurança. A atual falta de padrões globais ainda frustra a conquista de uma jornada contínua do aeroporto até a cidade de destino.
A redução do estresse de viagens e o aumento da segurança é crítico para a indústria, que espera um crescimento de 4,6 bilhões de passageiros neste ano para 8,2 bilhões em 2037 – um aumento que os métodos atuais não conseguirão suportar. Além das medidas de segurança biométrica, as companhias aéreas estão trabalhando em novos padrões de dados para registros de viajantes, chamados “One ID”, para libertar a indústria de um século de legados acumulados.
Com esta tecnologia, os passageiros não estarão mais sujeitos a verificações repetitivas de documentos, desde o check-in até o portão de embarque. Viajantes aéreos estão dispostos a compartilhar informações pessoais se removerem alguns dos inconvenientes das viagens aéreas, desde que essas informações sejam mantidas em segurança e não sejam mal utilizadas.
Para que as viagens biométricas ganhem aceitação, será necessário permitir que as pessoas optem por uma ficha de viagem única para dados pessoais que seriam salvos e usados para uma única viagem.
A expansão do embarque de reconhecimento facial para voos internacionais, já começou em 49 portões em Atlanta, Minneapolis e Salt Lake City. A tecnologia tem sido utilizada desde o último outono no Terminal F de Atlanta, com aprovação de 72% dos passageiros pesquisados do reconhecimento facial ao invés do embarque padrão.
A Delta e a JetBlue começaram a experimentar dados biométricos há dois anos; já a American Airlines iniciou testes com esse embarque em Los Angeles em dezembro. Ainda neste ano, alguns aeroportos e mais companhias aéreas começarão a testar outras ferramentas desta evolução digital: uma experiência completa de viagem, de meio-termo ao destino, envolvendo todos os documentos de viagem e exibições de segurança. Algumas das rotas planejadas incluem Londres-Dallas, Amsterdã-Aruba e Dubai-Sydney.
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