Após quatro meses de altas sucessivas, a intenção de consumo das famílias brasileiras caiu. Em março, houve uma queda de 0,4% na comparação com fevereiro, de acordo com a CNC.
Além disso, segundo a entidade, o recuo no dado geral deu-se em virtude da queda de quatro dos sete subindicadores da pesquisa. Sendo eles: Momento para Duráveis (-2,4%), Nível de Consumo Atual (-1,5%), Perspectiva Profissional (-0,8%) e Emprego Atual (-0,2%).
Na comparação com março de 2018, o ICF apresentou alta de 11,4%. O número, aliás, foi puxado pelo crescimento dos subindicadores Nível de Consumo Atual (+19,5%) e Perspectiva de Consumo (+19,0%).
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“A demora na implementação das reformas e do ambiente mais apropriado para investimentos vem ditando o ritmo lento da economia, de maneira que os preços têm-se mantido estáveis. Entretanto, o desemprego continua elevado, e os consumidores já não se apresentam tão otimistas quanto nos últimos quatro meses”, explica Antonio Everton, economista da CNC.
Condições de consumo
Contudo, apesar da alta de 0,4% do subindicador Compras a Prazo, as variações de Nível de Consumo Atual (-1,5%) e Momento para Duráveis (-2,4%) refletiram circunstâncias menos.
Além disso, a retração do Momento para a Aquisição de Bens Duráveis (-2,4%) teve forte influência da taxa referente às famílias com ganhos até 10 salários mínimos (-3,7%). Diferentemente, porém, das que recebiam mais do que este nível de remuneração (+2,0%).
Regiões e faixas de renda
Ademais, regionalmente, as famílias do Norte foram as únicas a demonstrar disposição para incrementar o padrão de gastos (+2,6%). Enquanto isso, o pessimismo foi disseminado nas demais regiões brasileiras, com destaque para o Centro-Oeste (-3,8%).
Entretanto, por faixa de renda, tanto as famílias com renda acima de dez salários mínimos quanto aquelas com ganhos até dez salários mínimos revelaram menor disposição para o consumo (-0,3% e -0,5%, respectivamente).
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